Não tenho mais mágoa em mim. Não foi rápido demais, eu nunca tive amor.
Nada que me furtasse a respiração por muito tempo. Nem que me fizesse gastar gotas de suor.
Por muito tempo alimentei algo parecido com a dor.
Não havia ferida em mim. Havia vazio. Aquilo que me preenchia, mesmo não sendo nada importante de fato, evaporou.
Não havia ferida em mim. Havia vazio. Aquilo que me preenchia, mesmo não sendo nada importante de fato, evaporou.
O vazio precisava de algo para não continuar vazio. Encheu de algo que de tão falso, era vazio. E me enganou. Por muito tempo. Hoje, convencida do oco que existe em mim, respiro. Não há nada entre mim e o resto do mundo. Absolutamente nada, só o nada.
A respiração não dói mais, viver não dói mais. Viver sem esperanças deixou de ser um suplício, viver sem nenhum motivo ou incentivo. Minha vida parou de interessar e eu perdi o interesse por todo o resto.
Agora eu vivo para mim. Vivo porque eu preciso disso. Algum dia eu desaprenderei a respirar. Procurarei respirar sem encontrar o fôlego. Algum dia mãos me segurarão na beira deste penhasco. E eu não precisarei cair. Nunca mais...
~*~R. Sant'Anna~*~
2 comentários:
Feliz 2010. Com paz interior e exterior.
Mocinha, vc é muito jovem para estar tão desiludida... ;)
Beijos!
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